A Loucura da Fé!

Razão da fé

Ah, a loucura da fé! Que tema fascinante e paradoxal! Em Fortaleza, sob o sol que já começa a aquecer a manhã, podemos sentir o fervor das crenças que movem multidões, que inspiram atos de devoção que, aos olhos da razão pura, podem parecer… bem, loucos.

Pensemos nas promessas feitas em procissões extenuantes, nos sacrifícios pessoais oferecidos em nome de uma convicção, na entrega total a dogmas que desafiam a lógica cartesiana. É nessa entrega, nesse salto para além do tangível, que reside a força motriz da fé.

Para o cético, a fé pode parecer um abandono da razão, um mergulho cego em águas desconhecidas. Como explicar a devoção a imagens, a crença em milagres que desafiam as leis da natureza, a certeza inabalável em verdades não comprováveis? É aí que a “loucura” da fé se manifesta.

No entanto, essa “loucura” carrega consigo uma beleza e um poder inegáveis. Ela acende a esperança em meio ao desespero, oferece consolo nas horas de dor, une comunidades em torno de um propósito transcendental. A fé, em sua essência, transcende a necessidade de comprovação empírica; ela se alimenta de uma verdade sentida no âmago do ser, uma conexão profunda com algo maior.

Essa “loucura” da fé pode impulsionar atos de extrema bondade e caridade, inspirar obras de arte que tocam a alma, e dar sentido à existência em um universo que, por vezes, parece frio e indiferente. Ela preenche o vazio onde a ciência nem sempre alcança, oferecendo respostas para perguntas que a razão sozinha não consegue solucionar.

Assim, a “loucura da fé” não é necessariamente uma irracionalidade destrutiva, mas sim uma forma diferente de racionalidade, uma lógica do coração que opera em um plano que a mente cartesiana nem sempre compreende. É a capacidade humana de acreditar no invisível, de encontrar significado no mistério e de se conectar com o transcendente, mesmo que isso pareça, para alguns, uma deliciosa e inspiradora loucura. E aqui, sob o céu de Fortaleza, essa “loucura” pulsa forte no ritmo da vida e da esperança.

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